quinta-feira, 20 de março de 2014

Câmara aprova e Estrada Rural receberá o nome de José João Gleriano

Através do vereador Gilmar da Funerária com o apoio da Câmara de vereadores e do Prefeito Maurinho Pascoalão, a Estrada Rural Municipal MAZ-274, que liga o Distrito de Junqueira ao Município de Macaubal, passa a denominar-se “ Estrada Vicinal JOSÉ JOÃO GLERIANO”.

A homenagem prevista no artigo 1º, será feita através de placa metálica a ser fixada no próprio logradouro em referência.

O presente projeto de Lei tem como objetivo denominar “JOSÉ JOÃO GLERIANO” a Estrada Rural Municipal MAZ-274, que liga o Distrito de Junqueira ao Município de Macaubal, e dá outras providências.

Atribuir ao Logradouro indicado o nome desse ilustre cidadão, cuja história se confunde com a própria história de Monte Aprazível, é uma das formas de que dispomos de lhes prestar uma singela homenagem e fazer perdurar na memória dos futuros moradores o exemplo de vida deste que nos deixou.

VEJAM NO VÍDEO, OS DISCURSOS DOS VEREADORES Á JOSÉ JOÃO GLERIANO.

DADOS BIOGRÁFICOS JOSÉ JOÃO GLERIANO

JOSÉ JOÃO GLERIANO, filho de Rodolfo Gleriano e Elizia Estanzani, descendentes de italianos, quando ainda criança, vieram de Polonia na Itália, onde se conheceram e casaram-se em Marcondézia, Município de Cajobi onde criaram sua família.

José João, nasceu em 24 de abril de 1919.  Conheceu sua namorada, Angelina Pavim, onde se casaram em 22/11/1941 na cidade de Neves Paulista e formaram uma linda família, e deste relacionamento, nasceram seis filhos e quatro filhas: Darci Antonia in memoriam, Danilo José, Maria Luiza, Inês Catarina, Rodolfo Antonio, Pedro João, Zilda Aparecida, José Carlos, Nelson Luiz e Eder Julio.

O homenageado era uma pessoa muito trabalhadora e cumpridor de seus deveres, excelente pai de família.  Na época em que casou, era empregado de seu tio Antonio Gleriano, mais conhecido como Tio Tunin, era meeiro de muitos pés de café, também plantava arroz, milho, feijão e outros tipos de plantio, onde conseguiu manter sua família com muito trabalho e firmeza no que fazia; essa propriedade era no bairro do Sobradinho, Município de Nipoã.
Depois de vários anos, saiu com sua família do Sobradinho e foi morar na Cachoeira, bairro rural de Monte Aprazível, onde o proprietário era seu cunhado, Antonio Vendramine, onde exercia a mesma profissão, onde foi conseguindo criar seus filhos e guardar alguns benefícios trabalhando honestamente.

Com seus irmãos conseguiram formar uma sociedade, onde compraram um sítio no córrego dos coqueiros em Macaubal.

Carreava com seu carro de boi, com seus bois Rolete e o Mateiro, onde trabalhava no campo, para si e seus vizinhos, conseguindo guardar um pouco de sua economia, um trabalho muito cansativo, mais mesmo assim não desanimou.

Com seus irmãos, vendeu o sitio de Macaubal e compraram outra propriedade maior no córrego do Pendera, onde ele e seus irmão de empregados passaram a ser agricultores, trabalhando em sua propriedade.

Foi trabalhando com a força e a coragem, com seus filhos crescendo e lhe ajudando no trabalho e com muita fé na sagrada família, Jesus, Maria e José, e com o passar dos anos, ele conseguiu comprar a parte da propriedade dos seus irmãos.

Para melhorar o seu trabalho e dos filhos no campo, conseguiu comprar um trator financiado pelo Banco do Brasil de Monte Aprazível, inclusive foi o primeiro trator no bairro do Pendera, onde também prestava serviço aos vizinhos, melhorando com isso, a renda da família.
Com o passar do tempo, conseguiu comprar uma camionete picape, cor laranja, ano 1963, que servia para o trabalho e conforto da sua família e também dos vizinhos para fazer compras na cidade e outros compromissos.

Depois vendeu a picape para o Paiola de Poloni, comprou um caminhão Mercedes azul cabine quadrada ano 1977.  Com a venda do café e outros cereais, foi que conseguiu pagar o caminhão, que comprou do Vitor Gusmão de Poloni.

Ele tinha suas criações, entre elas vacas leiteiras, onde entregava o leite no laticínio União de Poloni, com seu carrinho de tração animal, levava também o leite dos vizinhos e entregava no laticínio, que há tempos não existe mais.  Para dificultar, tinha na estrada até Poloni, várias porteiras para passar, então levava sempre um dos filhos para abrir as porteiras, ficando assim, melhor o seu trabalho.

Ele ajudou muito no desenvolvimento do bairro onde morava, ajudou a construir a escola e a igreja do bairro do Pendera, com a união dele e seus amigos, que na época lá moravam.
No bairro onde morava com a família, tinha uma venda de um amigo por nome de Chico Mineiro, que nos fins de semana o pessoal se reunia, mais não tinha como se divertirem, então resolveu ceder um terreno em seu sítio, para a construção de um campo de futebol, jogo de malha e bocha.

Por ser devoto dos Santos Juninos, fazia a reza do terço todos os anos, soltava muitos fogos de artifício e distribuía alimentos para os convidados e em seguida um bom arrasta pé com sanfoneiro da região que era realizado na galpão ou terreiro de ladriu e quem clareava este divertimento era o lampião a querosene e lamparina.

Tudo era muito simples mais animado, porque o respeito falava mais alto.


José João Gleriano, homem simples e humilde, amigo de todos, apaixonado por pescaria, onde costumava passar as horas de lazer com os amigos e filhos, amante da agricultura, onde trabalhou por diversos anos na lavoura em sua propriedade na região do Bairro do Pendera, onde veio a falecer em 10 de março de 1986, deixando a todos com muitas saudades.

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