Morales diz desconhecer que existe empreteira em seu nome |
O departamento de licitações da Prefeitura de Monte Aprazível confirmou que a empresa que leva o nome do lavrador Mário Morales Navarro venceu licitação - modalidade carta-convite - no valor de R$ 148,3 mil para a reforma da rodoviária do município em 2009. De acordo com servidores do município, a construtora Andreossi Construções e empreendimentos também participou da mesma licitação oferecendo R$ 148,6 mil, enquanto que a construtora Florecon Construções apresentou valor de R$ 148,7 mil para a execução da reforma.
A Seccional de Polícia de Rio Preto instaurou inquérito policial para apurar suposto crime de fraude em licitação, já que Navarro admitiu ser “laranja” do engenheiro José Luís Andreossi, que é o responsável pela Construtora Andreossi. A investigação, que é desdobramento de levantamento feito pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), é conduzida pelo delegado-assistente da Seccional José Humberto Páscua, que colheu o depoimento de Navarro na última sexta-feira em Rio Preto. As empresas, que têm o mesmo dono, disputaram licitações juntas em várias cidades da região, como já revelado pelo Diário.
De acordo com o depoimento, o lavrador negou ter conhecimento de que a empresa no seu nome “teria participado de uma carta convite” na Prefeitura de Monte Aprazível. A construtora Mário Morales Navarro tem sua sede em Guapiaçu, cujo endereço atualmente funciona um bar. O promotor de Justiça Sérgio Clementino recebeu determinação do Conselho Superior do Ministério Público para ingressar com ação civil pública nos municípios em que a construtora Mário Morales Navarro disputou licitações com a construtora de Andreossi.
Clementino adiantou que deverá acionar responsáveis por fraude |
O chefe de gabinete da prefeitura de Monte Aprazível, Nelson Avelar, negou qualquer tipo de irregularidade na licitação vencida pela empresa Mário Morales Navarro. Ele afirmou que na época da licitação um representante da empresa participou da disputa sem levantar nenhum tipo de suspeita.
Pela investigação da polícia, o representante legal da empresa seria o engenheiro Fernando de Lima, que trabalhava no escritório da construtora Andreossi em Rio Preto. O advogado de Andreossi, Márcio Mancilia, já disse que as obras foram executadas e também nega irregularidades na contratação da empresa.
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