quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O IDEB

O Ideb foi criado pelo Inep em 2007, em uma escala de zero a dez. Sintetiza dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Saeb e a Prova Brasil.
           O índice do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) foi divulgado e não nos causou surpresa.

          Como todos sabem, o IDEB é uma das avaliações externas usadas para avaliar o nível de aprendizagem dos alunos do Ensino Fundamental e Médio.

          Esta avaliação é realizada de dois em dois anos; portanto, no caso em questão, avalia o final de uma gestão e início de outra, período de transição de governos municipais:Ano de 2012 e parte do ano de 2013.

          Além desta avaliação, que é de cunho nacional, temos o SARESP (Sistema de Avaliação do Estado de São Paulo).

          Desde o momento em que assumi a pasta da Educação, em 02 de Dezembro de 2013, eu sabia que teria vários desafios. Um deles creio ser o mais importante: que era responder a uma pergunta que não era mais possível calar: Porque o município apresentava um índice muito acima da média nacional se existiam tantos alunos que não tinham posse dos conteúdos mínimos exigidos? Alunos que terminavam o 3º Ano do Ensino Fundamental não conseguiam ler e escrever. Alunos passavam do 5º para o 6º Ano com poucas noções dos conteúdos e muitos não sabiam ler e escrever, obrigando a escola de destino a fazer contratação de Professores Alfabetizadores.

          Bem claro que para nós não importa de quem foi a culpa: Se da Progressão Continuada, que causa no aluno e no professor, um sentimento de acomodação ou se os dados eram manipulados, mascarados pelas autoridades escolares anteriores.

          Através de depoimentos de professores descobrimos que ao aplicar as avaliações, os alunos eram separados. Só faziam as provas os alunos que eram capazes de acompanhar e que no momento se encontravam alfabetizados, Os demais eram encaminhados para a sala de informática, aula de educação física ou para outras atividades. Haja visto que havia um número de alunos matriculados, mas somente uma porcentagem deles fazia a avaliação. Esta é uma forma de tirar o direito do aluno, além de ser uma maneira excludente de olhar a avaliação. Relegamos a criança ao fracasso com antecedência sem dar a ela a oportunidade de interagir com seus pares.

          Diante de tal situação, era necessária uma triagem para descobrir o diagnóstico de cada aluno e suas necessidades de aprendizagem. Ao final do ano de 2013, muitos alunos de 3º Ano, permaneceram no mesmo ano, pois não sabiam ler e escrever. O mesmo ocorria nos Distritos, onde alunos do 3º, 4º e 5ºs Anos se encontravam na mesma situação.

          Traçamos uma linha de trabalho juntamente com os gestores das escolas. E estes alunos passaram a ter prioridade nas escolas. Para eles foi destinado o professor que melhor alfabetiza e o número de alunos foi bastante reduzido. Nossa meta para o final de 2014: Que todos estejam lendo e escrevendo.

          Como acordo comum: Todos os alunos, sem exceção alguma faria a avaliação, pois só assim teríamos o índice correto e através dos resultados obtidos, traçar metas e estratégias para que ele, o aluno, consiga atingir seus objetivos.

           Procurar culpados? Não, mas buscar soluções para os problemas. E como dizem os estudiosos: Saber encarar com serenidade e clareza os desafios educacionais! Cabe a nós gestores professores e pais, a responsabilidade e compromisso com nossos alunos e filhos.

          Não nos sentimos no vermelho como disseram, estamos tranquilos, pois através dos verdadeiros resultados podemos ajudar nossos alunos sem mascarar, sem manipular dados, pois juntos trabalharemos para que a nossa educação seja sempre com mais qualidade.




Monte Aprazível, 10 de Setembro de 2014.

Cacilda Castro

Assessora de Educação

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