Lucas Ribeiro
Uma megaoperação do Gaeco, grupo do Ministério Público que investiga o crime organizado, e da Polícia Civil prendeu três pessoas há dois anos acusadas de envolvimento em esquema de fraude em licitações na Prefeitura de Monte Aprazível.
Entre os presos em Monte está o chefe de gabinete da prefeitura, Nelson Antonio Avelar, o motorista do prefeito Wanderley Sant’Anna (PTB), João Rodrigues da Silva Júnior, e o engenheiro da Secretaria de Obras do município Edson Maurício Senhorini.
Naquela época, segundo o promotor do Gaeco João Santa Terra Júnior, que comandou a operação, licitações na modalidade carta-convite (até R$ 8 mil) eram fraudadas para beneficiar determinadas empresas. Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em casas e firmas de Monte Aprazível, Tanabi e Rio Preto.
De acordo com o promotor Santa Terra, o prefeito Sant’Anna é um dos investigados, embora, segundo ele, não haja até agora indícios de participação dele no esquema. “Pela análise dos documentos vamos verificar se há ou não a participação do prefeito”, disse.
Um dos principais suspeitos é o Chefe de gabinete Nelson Avellar. |
Enquanto isso, do lado de fora, uma multidão de mais de cem pessoas acompanhava a movimentação. Por volta das 15 horas, um carro da polícia levou pilhas de documentos para o Fórum da cidade. Não foi necessário levar os computadores - um programa desenvolvido pela Fazenda estadual permite copiar todo o conteúdo das máquinas sem alterá-lo.
Peritos da Polícia Científica permaneceram no prédio da prefeitura até as 18 horas do dia 30 de Agosto de 2010. Segundo Santa Terra, entre as licitações investigadas está a que resultou na compra de dois semáforos, que custaram R$ 69,5 mil, enquanto o preço real seria de R$ 14,7 mil. O caso já é alvo de dois inquéritos, civil e criminal.
O Gaeco vinha investigando o esquema há três meses, de acordo com Santa Terra. As prisões, decretadas pelo juiz da 2ª Vara de Monte Aprazível, Leonardo Grecco, foram temporárias, válidas por cinco dias. Todos os três ficaram detidos na carceragem da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Rio Preto.
O prefeito disse estar “tranquilo” em relação às investigações e após as apreensões de documentos e cumprimentos dos mandados de prisão, na época os promotores começaram a ouvir funcionários da prefeitura no salão de júri do Fórum, a portas fechadas.
Conversando com o Promotor de Justiça de Monte Aprazível, Dr André Nogueira da Cunha, esse caso ainda continua em investigação, os processos, conforme foi mostrado para a nossa equipe, chega á 2 metros de altura e pode durar mais 3 anos de investigação, para que possa chegar a uma conclusão.
Conversando com o Promotor de Justiça de Monte Aprazível, Dr André Nogueira da Cunha, esse caso ainda continua em investigação, os processos, conforme foi mostrado para a nossa equipe, chega á 2 metros de altura e pode durar mais 3 anos de investigação, para que possa chegar a uma conclusão.
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